Estamos todos acostumados a uma grande nostalgia em relação aos anos 80. A explosão das festas ploc no Brasil e o retorno de inúmeras bandas daquela década comprovam isso. Já os anos 90 são considerados por muitos como uma década perdida. O livro "Almanaque Anos 90", escrito pelo jornalista Silvio Essinger, e lançado há menos de 1 mês pela editora Agir, veio para mostrar que a história não é bem assim:
"Aparentemente nenhum tema foi tabu nos anos 90. Sexo e drogas viraram o prato de todos os dias no cinema, na TV, nas revistas e até mesmo na música popular brasileira - quem esquece do "Legalize já", do Planet Hemp?", diz Silvio na apresentação do livro.
Eu, particularmente, tenho um apego e uma nostalgia muito maior pela década de 90, do que pela década de 80. Tendo nascido no ano de 1979 e, consequentemente, entrado na década de 90 com apenas 11 de idade, minhas vivências e recodarções mais marcantes e relevantes, sobretudo as musicais, são dos anos 90. Até a minha banda favorita, o Information Society, que é dos anos 80, teve o auge de seu sucesso no Brasil justamente no início da década de 90, após participação no festival Rock in Rio 2. Tanto que a banda é mencionada duas vezes no livro - exatamente na parte que fala sobre os artistas dos anos 80 que continuaram a fazer sucesso nos anos 90, e na parte que fala sobre a segunda edição do Rock in Rio.
O livro é realmente bem completo. Nenhum aspecto ou acontecimento relevante do cenário musical da década foi esquecido. Desde o movimento grunge de Seattle, e a farsa da dupla Milli Vanilli, passando por grandes shows internacionais no Brasil, como os de Madonna, Michael Jackson, U2 e Rolling Stones, até o nascimento e a morte do grupo Mamonas Assassinas, e o surgimento do mangue beat de bandas como Chico Science & Nação Zumbi, está tudo lá registrado. E apesar de a obra não ser apenas sobre música - televisão, cinema, tecnologia, comportamento e esportes são outros temas abordados - dá para perceber que música é, de fato, o carro-chefe do livro. E notamos isso tanto no fato de ser o primeiro capítulo da obra, quanto no fato de sua capa ser inspirada na capa do clássico álbum "Nevermind", do grupo Nirvana, lançado em 1991.
Silvio Essinger apresenta em "Almanaque Anos 90" mais de 280 páginas de pura nostalgia, diversão e informações. O autor só "pisou na bola" em poucos momentos do livro, como quando cita a dupla australiana Savage Garden como sendo artistas "teens", e quando não menciona a cantora Olga Maria de Sousa, mais conhecida como Corona, como um dos destaques da dance music dos anos 90. Sua música "The Rhythm Of The Night" foi um dos maiores sucessos da década, ao redor de todo o globo terrestre, sendo regravada e remixada até hoje. Mas o principal "furo" é quando ele cita na página 57 o Right Said Fred como sendo um "one hit wonder", ou seja, um grupo de apenas uma música de sucesso, sendo que ele mesmo já tinha citado o Right Said Fred pouquíssimo tempo antes na página 50, mencionando 2 hits da banda: "I'm Too Sexy" e "Don't Talk Just Kiss".
De qualquer forma, tirando esses leves deslizes, o "Almanaque Anos 90" realmente é um trabalho super completo e competente sobre a produtiva década passada; uma década em que começamos ouvindo vinil e fitas K7, passamos a ouvir CD, e terminamos baixando mp3 na internet; uma década em que, no Brasil, nós passamos a não só ouvir música, mas também "ver" música com a chegada da MTV no país, em outubro de 1990.
"Almanaque Anos 90" é uma obra imperdível e indispensável a todos aqueles que, como eu, de alguma forma, foram marcados e influenciados por esta saudosa década.
"Aparentemente nenhum tema foi tabu nos anos 90. Sexo e drogas viraram o prato de todos os dias no cinema, na TV, nas revistas e até mesmo na música popular brasileira - quem esquece do "Legalize já", do Planet Hemp?", diz Silvio na apresentação do livro.
Eu, particularmente, tenho um apego e uma nostalgia muito maior pela década de 90, do que pela década de 80. Tendo nascido no ano de 1979 e, consequentemente, entrado na década de 90 com apenas 11 de idade, minhas vivências e recodarções mais marcantes e relevantes, sobretudo as musicais, são dos anos 90. Até a minha banda favorita, o Information Society, que é dos anos 80, teve o auge de seu sucesso no Brasil justamente no início da década de 90, após participação no festival Rock in Rio 2. Tanto que a banda é mencionada duas vezes no livro - exatamente na parte que fala sobre os artistas dos anos 80 que continuaram a fazer sucesso nos anos 90, e na parte que fala sobre a segunda edição do Rock in Rio.
O livro é realmente bem completo. Nenhum aspecto ou acontecimento relevante do cenário musical da década foi esquecido. Desde o movimento grunge de Seattle, e a farsa da dupla Milli Vanilli, passando por grandes shows internacionais no Brasil, como os de Madonna, Michael Jackson, U2 e Rolling Stones, até o nascimento e a morte do grupo Mamonas Assassinas, e o surgimento do mangue beat de bandas como Chico Science & Nação Zumbi, está tudo lá registrado. E apesar de a obra não ser apenas sobre música - televisão, cinema, tecnologia, comportamento e esportes são outros temas abordados - dá para perceber que música é, de fato, o carro-chefe do livro. E notamos isso tanto no fato de ser o primeiro capítulo da obra, quanto no fato de sua capa ser inspirada na capa do clássico álbum "Nevermind", do grupo Nirvana, lançado em 1991.
Silvio Essinger apresenta em "Almanaque Anos 90" mais de 280 páginas de pura nostalgia, diversão e informações. O autor só "pisou na bola" em poucos momentos do livro, como quando cita a dupla australiana Savage Garden como sendo artistas "teens", e quando não menciona a cantora Olga Maria de Sousa, mais conhecida como Corona, como um dos destaques da dance music dos anos 90. Sua música "The Rhythm Of The Night" foi um dos maiores sucessos da década, ao redor de todo o globo terrestre, sendo regravada e remixada até hoje. Mas o principal "furo" é quando ele cita na página 57 o Right Said Fred como sendo um "one hit wonder", ou seja, um grupo de apenas uma música de sucesso, sendo que ele mesmo já tinha citado o Right Said Fred pouquíssimo tempo antes na página 50, mencionando 2 hits da banda: "I'm Too Sexy" e "Don't Talk Just Kiss".
De qualquer forma, tirando esses leves deslizes, o "Almanaque Anos 90" realmente é um trabalho super completo e competente sobre a produtiva década passada; uma década em que começamos ouvindo vinil e fitas K7, passamos a ouvir CD, e terminamos baixando mp3 na internet; uma década em que, no Brasil, nós passamos a não só ouvir música, mas também "ver" música com a chegada da MTV no país, em outubro de 1990.
"Almanaque Anos 90" é uma obra imperdível e indispensável a todos aqueles que, como eu, de alguma forma, foram marcados e influenciados por esta saudosa década.
Ubiratan Ferreira
Saiba mais sobre a história do Nirvana:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nirvana_(banda)
Vídeo sobre o lançamento do Rock In Rio 2, em 1991, no programa Fantástico:
http://www.youtube.com/watch?v=SFKxexSqk9Y
Um comentário:
Não sabia da existencia desse almanaque dos anos 90. Com certeza ele é mais adequado à minha faixa etária! rsrsrs
Tenho certeza que vou curtir...
Beijos
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